quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A REGULAMENTAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES EM MADEIRA E ALVENARIA EM JOAQUIM TÁVORA E QUATIGUÁ EM 1937



Professor Mestre Roberto Bondarik
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
bondarik@utfpr.edu.br / profbondarik@gmail.com


Em 1937 a Câmara de Vereadores de Joaquim Távora resolveu disciplinar as construções nas ruas e avenidas principais da cidade de Joaquim Távora e de seu então Distrito de Quatiguá. As construções novas em madeira foram proibidas e aquelas existentes quando reformadas ou precisassem de pintura nova deveriam ter pelo menos a sua fachada edificada em alvenaria (tijolos). A mesma lei deu isenção do imposto predial por cerca de quatro a cinco anos para aqueles que fizessem novos prédios em alvenaria. Imagina-se que as ruas atingidas por essa lei fossem ruas comerciais e de movimento, o objetivo da Câmara e da Prefeitura deve ter sido dar um ar de organização, modernização e prosperidade à sede do Município e a seu principal Distrito.

É muito comum ainda vermos nas ruas das duas cidades, Quatiguá e Joaquim Távora, estes prédios comerciais e mesmo residenciais com a fachada em tijolos e o restante em madeira. Nas fotos abaixo esta um exemplo desses, o antigo estabelecimento do Sr. Orlando Pontes na Avenida Dr. João Pessoa em Quatiguá, as imagens foram tiradas em 07 de Junho de 2006.

(Fonte: Roberto Bondarik - 07 de Junho de 2006)

(Fonte: Roberto Bondarik - 07 de Junho de 2006)

Interessante que esse prédio mantinha pelo menos duas de suas portas ainda originais enquanto a terceira já era modernizada, basculante de enrrolar.


O antigo hotel de Quatiguá, hoje demolido, também foi exemplo de uma construção parte em alvenaria e parte em madeira.


Abaixo o texto da lei nº 13 de 03 de Julho de 1937, publicada pelo jornal "O Estado" em Curitiba em 13 de Novembro do mesmo ano, página 07.

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Lei nº 13 de 03 de Julho de 1937, do Município de Joaquim Távora




            O cidadão João Paes Carvalho Filho, Prefeito Municipal de Joaquim Távora, Comarca de Santo Antônio da Platina, Estado do Paraná.

            FAÇO saber a todos os habitantes do Município que a Câmara Municipal decretou e eu sanciono a Lei seguinte:

            Art. 1º - Ficam proibidas as construções de casas de madeira nesta Vila, nas ruas 21 de Setembro e Barra Grande, nos trechos compreendidos da Avenida Paraná à rua Ipiranga, e nas ruas Jerônimo Vaz Vieira e Munhoz da Rocha, nos trechos compreendidos da rua 21 de Setembro à rua Barra Grande. Ficam também proibidas as referidas construções na avenida Paraná. Idêntica proibição é extensiva à Avenida João Pessoa no Distrito de Quatiguá.
            Parágrafo Único – Só é permitida a reconstrução (reforma, pinturas, etc) das frentes de casas de madeira existentes nas ruas e avenidas a que se refere o Art.1º, se a frente das mesmas forem construídas em alvenaria.

            Art. 2º - Só é permitida a construção de casas de madeira nos trechos de ruas a que se refere o Art.1º, cinco (5) metros para dentro do alinhamento, construindo na frente muro ou mureta.

            Art. 3º - Nenhuma construção poderá ser feita sem a previa aprovação da respectiva planta pela Prefeitura.

            Art.4º - Fica o Executivo autorizado a conceder isenção de imposto predial por quatro (4) anos a todo o proprietário de prédio de alvenaria ainda não lançado, que for construído nesta Vila e no Distrito de Quatiguá, dentro de cinco (5) anos, a contar de 1º de Janeiro de 1937 a 31 de Dezembro de 1941.
            Parágrafo Único – Não gozará da isenção de impostos a que se refere este Artigo, o prédio ou parte de prédio construído de madeira, contiguo à construção favorecida.

            Art. 5º - Revogam-se as disposições em contrário.

            MANDO, portanto, a todos aqueles a quem o conhecimento e observância da presente Lei pertencerem, que a cumpram tão inteiramente como nela se contem. O Secretario a faça imprimir, publicar e afixar.


Gabinete da Prefeitura Municipal de Joaquim Távora, em 3 de Julho de 1937.



João Paes Carvalho Filho
Prefeito Municipal

Francisco Benedetti
Secretario Contador Int.



Publicado no jornal “O ESTADO” – Curitiba, Terça-feira, 13 de Julho de 1937, p.7

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

ATRAIR O PARANÁ PARA O CORAÇÃO DOS PARAENSES

Este artigo foi publicado dia 07 de Outubro de 2014 no Jornal "Folha de Londrina". Intitulado "Atrair o Paraná para o coração dos paranaenses", é um artigo em que apresento e comento as principais obras de infraestrutura no Norte do Paraná, o longo tempo que passou desde foram executadas e a falta de obras mais modernas que produzem um isolamento do Norte do Paraná, tornando-o uma "ilha isolada" do desenvolvimento e do restante do Estado do Paraná. Abaixo a integra do artigo e o recorte da edição impressa:

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Atrair o Paraná para o coração dos paranaenses
Prof. Me. Roberto Bondarik
Docente e Pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Cornélio Procópio

            Instigante o Caderno Desafios 2015 da Folha que aponta ser o Norte do Paraná uma ilha isolada do desenvolvimento do Paraná e do Brasil. Nos faltam meios de transporte e o entrave logístico apontado é evidente e angustiante: faltam estradas e ferrovias eficazes.
            No início da ocupação do Norte do Paraná já havia a mentalidade de que não bastava a fertilidade das terras, era necessário escoar a produção para transforma-la em riquezas. O povo vivia rezando, dançando, caçando e esta era a vida no sertão na entrada do século XX. Em 1901 Antônio Francisco de Paula Souza, diretor da Escola Politécnica de São Paulo apresentou à Assembleia Paulista e as vantagens de atrair o Norte do Paraná para a orbita da economia de São Paulo.
Surgiram projetos para a ligação ferroviária desde Guaíra-PR ao Porto de Santos. Apesar das posições do Paraná de que tais projetos iam contra seu plano ferroviário, a viabilidade dos projetos coube aos paulistas com base na ideia de que onde houvesse café ai deveria estar São Paulo. A chegada da Ferrovia Sorocabana a Ourinhos-SP em 1908 ampliou a influência paulista na região. Em 1920 foi autorizada a Ferrovia São Paulo-Paraná que partindo de Ourinhos, deveria cruzar o Rio Paraná em Guaíra atingindo Assunção no Paraguai. A companhia era constituída por investidores paulistas e o principal deles era Antônio Barbosa Ferraz e seus filhos da Companhia Agrícola Barbosa de Cambará, atingida pela ferrovia em 1925. O preço da terra subiu de cinquenta mil reis para cerca de dois contos e quinhentos mil reis.
Britânicos assumiram em 1928 o controle da São Paulo-Paraná estendendo-a até as terras da Companhia de Terras Norte do Paraná, de Londrina para diante. Em relação a esse meio de transporte e simplificando o raciocínio, os projetos da estrada de ferro que liga a região de Londrina até São Paulo tem mais de noventa anos: o desenvolvimento tecnológico e a natureza da economia regional transformaram-se muito nesse tempo todo tornando-a obsoleta. A conclusão do Ramal Ferroviário do Paranapanema entre Jaguariaíva e Jacarezinho em 1930 atraiu em parte a produção do Norte Pioneiro para Curitiba e Paranaguá, os compradores continuavam em São Paulo. A região ficou mais ligada a São Paulo e isolada do Paraná: a ideia de ilha tomava corpo.
            A ligação rodoviária com São Paulo sempre foi melhor do que com o restante do Paraná. Em 1929 o Governo do Paraná pagou e a Prefeitura de Cambará executou a construção de uma estrada de rodagem que saindo de sua sede atingiu Jataizinho em 1929 passando por Cornélio Procópio.
            A ligação do Norte com o Paraná tomaria corpo apenas com a construção de 1935 e 1940 da estrada de rodagem entre Curitiba, Pirai do Sul e Jataizinho A Estrada do Cerne era concretização do lema do Interventor Manoel Ribas de “Atrair o Norte para o nosso coração”, projeto para integrar a região em definitivo ao Paraná. A partir de 1961 a Rodovia do Café concluía esse projeto de integração logística em conjunto com a Ferrovia Central do Paraná em 1975 ligando Apucarana até Ponta Grossa.
Já se vão 74 anos desde implantação da Estrada do Cerne, 53 desde a Rodovia do Café e 39 anos desde a Ferrovia Central do Paraná e o Norte do Paraná transformou-se novamente em uma região isolada do restante do Estado sem condições logísticas de desenvolver-se. Não há estradas duplicadas, ferrovias modernas ou projetos a curto prazo que revertam isso rapidamente.

O principal desafio para o futuro é integração com o restante do Paraná por meio de um desenvolvimento econômico equitativo e eficaz, que dê condições de investimento para todos e em todo o Paraná. Definitivamente é preciso atrair o Paraná para o coração dos paranaenses, o Paraná precisar ser uno, desenvolvido e com qualidade de vida e de trabalho para todos.









quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Enchentes do Tibagi: um problema mais do que secular

Em 19 de setembro de 2014 o jornal "Folha de Londrina" publicou um artigo meu em que discutir a apresentei alguns dados históricos a respeito das enchentes ocorridas no Rio Tibagi.
Pelo menos desde de 1846 elas são registradas e tiveram de ser entendidas afim de que ocorresse a colonização da região.
Segue o texto e a imagem com a cópia original da publicação.
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Enchentes do Tibagi: um problema mais do que secular

Prof. Me. Roberto Bondarik
Docente e Pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Cornélio Procópio

            A reportagem especial da FOLHA neste domingo (14/09/2014) a respeito dos problemas que o Paraná tem sofrido com intempéries fez com que a minha atenção fosse chamada para os problemas relacionados às enchentes em Jataizinho. Nos últimos anos temos presenciado cheias com elevado volume e poder destrutivo. Apesar da reclamação e do clamor por obras de infraestrutura afim de dar vazão às águas da chuva, canalização de rios, a também alegada culpa atribuída a Usina Hidroelétrica de Mauá, no Rio Tibagi, algo que merece melhores e profundos estudos, a questão principal é que a enchentes em Jataizinho são mais antigas que se possa ter ideia. Uma história que precisa ser conhecida afim de melhor se planejar o presente.
            O problema das enchentes do Rio Tibagi já foi detectado quando do início da exploração e mapeamento do então Sertão do Tibagi na década de 1840 afim de, a mando do Barão de Antonina, estabelecer-se um caminho terrestre e fluvial que ligasse o litoral do Paraná ao Mato Grosso. O sertanista Joaquim Francisco Lopes e o mapista norte-americano John Henry Elliot, responsáveis pelo registro de posse dos campos de São Gerônimo, Santa Barbara e da posse da Fazenda Congonhas para o referido Barão. Em seu trabalho exploraram e descreveram toda a região. As margens do Rio Tibagi, abaixo do ribeirão Jatahy prestava-se à navegação e decidiu-se logo pelo estabelecimento de um porto e de um povoamento que deveria ser uma colônia militar.
Optou-se pela foz do Jatahy para o estabelecimento desse entreposto, porém John Henry Elliot também já havia se inclinado a escolher a foz do Rio Congonhas, bem mais abaixo no curso do Tibagi e próxima do Rio Paranapanema. Estudando a foz do Congonhas em 10 de novembro de 1847 Elliot e Lopes escolheram aquele local como o mais indicado para se estabelecer o porto de embarque para as mercadorias que desde Antonina aqui no Paraná, deveriam seguir até Cuiabá no Mato Grosso. Achavam eles que aquele lugar era o mais seguro em virtude da proteção que daria às canoas de transporte que poderiam ser arrebatadas pelas enchentes do Tibagi. Este relato foi publicado pela Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro em 1848 (p.174). Ou seja as cheias do Tibagi assustam as pessoas desde o início das explorações da região. Por motivos outros a Colônia Militar do Jatahy, hoje Jataizinho, foi instalada mais acima.
O conhecimento das cheias do Tibagi possibilitou que tanto o casario da Colônia Militar como o do Aldeamento de São Pedro de Alcântara, alguns quilômetros rio abaixo, fossem erigidos em locais elevados e protegidos, colocando as suas populações em segurança. O excesso de chuvas àquele tempo, a exemplo de hoje, também causou problemas por diversas vezes aos poucos moradores do Jatahy nos primeiros tempos. Em 1863 metade da produção de milho foi perdida em virtude das chuvas e a subsistência dos moradores ficou prejudicada. A população local em virtude da grande distância com outros centros sempre foi pequena.
O crescimento da população de Jataizinho após a chegada da ferrovia na década de 1930 e a ocupação urbana da margem do Tibagi e dos seus afluentes fazem com que hoje a cada chuva mais forte o rio retome sua antiga área de escape, mesmo sendo ela hoje escriturada e dotada de rede de captação das águas das chuvas. Nos parece óbvio que algo deve ser feito para solucionar o problema das enchentes e das pessoas por elas atingidas, mas há que se lembrar da história e natureza do Rio Tibagi.



sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Maquinas Agrícolas Antigas

Em dois de setembro de 2014 irei ministrar uma palestra sobre evolução histórica da agricultura durante a EXPOCOP (Exposição de Cornélio Procópio-Pr).
Para entrar no clima estou anexando algumas imagens de máquinas agrícolas, algumas do século XIX ainda e criadas nos Estados Unidos da América.





sexta-feira, 27 de junho de 2014

Atentado de Sarajevo: um tiro que acertou em todo um século

Artigo publicado no Jornal Folha de Londrina de 25 de Junho de 2014 na sessão "Espaço Aberto". Ele trata do acontecimento que foi o ultimo dos fatores que provocaram o inicio da Primeira Guerra Mundial, o assassinato do Príncipe Herdeiro da Áustria-Hungria Franz Ferdinand (Francisco Ferdinando) em 28 de Junho de 1914 pelo nacionalista ou fundamentalista sérvio Gravilo Princip (ou Prinzip).
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Atentado de Sarajevo: um tiro que acertou em todo um século
Roberto Bondarik
Docente e Pesquisador da Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Cornélio Procópio

            Dia 28 de junho, em plena Copa do Mundo de Futebol, é bem possível que se passe desapercebido o centenário do ataque que tirou a vida do príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro Franz Ferdinand e sua esposa Sofia. Disparados por Gravillo Prinzip, membro de um grupo nacionalista sérvio os tiros que mataram o Príncipe também ceifaram mais de oito milhões de soldados que combateram na Primeira Guerra Mundial. Conflito que nos dizeres de Eric Hobsbawm deu início ao “Breve Século XX”. O cenário político da Europa e do mundo se modificaram permanentemente e a relações internacionais passaram a ser pautadas pelas suas consequências.
            A Mão Negra planejou o atentado pretendendo a independência da Bósnia-Herzegovina ou sua anexação ao Reino da Servia e sua ação fez disparar um complexo sistema de alianças diplomático-militares que a partir de agosto de 1914 colocariam a civilização ocidental em alerta. Aliada da Alemanha e do Império Turco-Otomano a Áustria-Hungria pertencia a Tríplice Aliança que se contrapunha à Tríplice Entente da Rússia, França e Grã-Bretanha. Pressionada pela Áustria-Hungria a Servia foi apoiada pela Rússia. Como peças de um dominó macabro as declarações de guerra e invasões se sucederam. Por quatro longos anos a Primeira Guerra Mundial ceifou as vidas de toda uma geração de europeus em suas trincheiras. Era o ápice de uma escalada de fatores que provocaram a guerra: imperialismo, disputas comerciais, politicas nacionalistas, desejo de vingança por guerras anteriores, etc.
            A arte de matar evoluiu tecnologicamente em escala industrial surgiram ou foram aperfeiçoadas novas armas e técnicas de combate como a metralhadora, o tanque, o avião de caça e bombardeio, o submarino, gazes venenosos, etc. A vida humana aparentemente era um número sem valor.
            Ao findar 1918 a Europa e o mundo não mais seriam os mesmos, os disparos em Sarajevo haviam ferido de morte os grandes impérios. Com seus territórios drasticamente reduzidos a Alemanha tornara-se uma república, também a Áustria agora separada da Hungria e ambas isoladas do mar. Outros países seriam criados ou recriados como Finlândia, Polônia, Tchecoslováquia e Iugoslávia. Os bolcheviques conduziram sua Revolução na Rússia e a transformando-a em União Soviética. A desesperança com a democracia liberal abriria caminho não só ao comunismo como também aos seus congêneres totalitários do nazismo e do fascismo. Grande beneficiário econômico do conflito os Estados Unidos da América teriam uma década de ouro em termos de desenvolvimento, mas a crise estourada em 1929 colocá-lo-ia e ao mundo de joelhos por anos afim. O Brasil procurou substituir suas importações e deu um salto em termos de produção industrial e inauguraria uma década de revoltas que caracterizou o tenentismo e que culminaria com o longo governo de Getúlio Vargas.
            Derrotada a Tríplice Aliança teria seus membros punidos pelos tratados de paz subsequentes ao conflito, em especial aquele apresentado à Alemanha em Versalhes, clausulas pesadas que pretendiam obter vingança e manter a Europa em paz. Uma sensação de paz que os europeus nunca mais sentiriam ao logo daquele breve século. À carnificina da Primeira Guerra Mundial seguiu-se a guerra total da Segunda (1939-1945) que se estendeu por todo o planeta envolvendo povos direta ou indiretamente. A Guerra Fria entre Estados Unidos da América e União das Republicas Socialistas Soviéticas criou diversos pontos de tensão extrema cujo desfecho poderia ter sido uma guerra nuclear que destruiria o mundo como o conhecemos.
            Os disparos de Gravillo Prinzip contra Franz Ferdinand acertaram todo o século XX. Toda a humanidade foi baleada junto com ele e sangrou muito neste breve, tempestuoso e assustador período da história.


quinta-feira, 5 de junho de 2014

Agência Ford de Ribeirão Claro-PR em 1927

Agencia Ford em Ribeirão Claro em 1927. Consta que pertencia a Roland Davids. Detalhe para o poste da rede de distribuição de energia elétrica ao lado do prédio. 

Esta pode ter sido a primeira revenda Ford do Norte do Paraná, conforme a propaganda deles estes automóveis eram os mais indicados para as nossas estradas naquele tempo!!!

A agência pertencia a Roland Davids que na década de 1930 iria ser proprietário de uma usina de energia elétrica em Londrina-PR.


domingo, 1 de junho de 2014

Igreja Católica em Santo Antonio da Platina - PR

Santo Antonio da Platina é um município já centenário, suas origens e ocupação remontam ao século XIX.

Como não poderia deixar de ser o catolicismo se fez presente desde o inicio. A paróquia foi criada em 1926 e a Igreja Matriz teve sua pedra fundamental lançada em 13 de junho de 1929.

Antes dela os fieis utilizavam a Igreja de Santo Antonio que conforme consta deveria estar erguida ao lado da atual Igreja Matriz.

No painel número 0089 do NEPHIS apresento uma uma foto possivelmente de 1926 ou 1927 da Igreja e Santo Antonio e uma da Igreja Matriz como se apresenta na atualidade.



Maiores informações sobre a Igreja e sua história no site da Paróquia de Santo Antonio da Platina       http://www.paroquiasap.com.br/paroquia.php

sábado, 31 de maio de 2014

Prédio da antiga Prefeitura de Jaguariaíva no Estado do Paraná

Prédio da antiga Prefeitura de Jaguariaíva-PR

Prof.Me. Roberto Bondarik
bondarik@utfpr.edu.br


Prédio da Antiga Prefeitura de Jaguariaíva-PR. Na fachada consta a data de 1918. 

A foto mais antiga em preto e branco deve ser de 1927, quando o Álbum do Paraná foi Publicado e a colorida foi tirada em março de 2014. Ao que consta o prédio deverá ser restaurado. 


O principal acontecimento da história do Brasil a ele relacionado é de 1930 quando grupos armados ligados a Aliança Liberal que apoiavam Getúlio Vargas no Ramal do Paranapanema (Norte Pioneiro) desde Cachoeira (Arapoti) até Cambará, Ribeirão Claro, Jacarezinho e Santo Antonio da Platina além da própria Jaguariaíva atacaram a tiros a guarnição da Policia Militar do Paraná que ai estava. O destacamento resistiu e os rebeldes recuaram para Arapoti. 

O delegado de Policia que era ligado à São Paulo pediu que viesse de Itapetininga um destacamento da Força Pública de São Paulo que ocupou a cidade e levou as locomotivas ai estacionadas para Itararé ... tudo teve inicio as dezessete horas de três de outubro de 1930. Começava a Revolução de 1930 em Jaguariaíva, no Paraná e em Porto Alegre com a tomada do Quartel General do Exercito.